sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Beijinho

Nos conventos portugueses, era comum as freiras ocuparem o tempo criando docinhos. Alguns eram cheios de mensagens sacras, como os papos de anjos, outros, profanas, caso dos beijinhos. Pois a tradição, vinda lá de Portugal, chegou à Casa Grande, nos engenhos do Nordeste, e se adaptou aos ingredientes locais pelas mãos das sinhás. O beijinho é um docinho que nasceu num convento com o nome de “beijo de freira” e era confeccionado, originalmente, com amêndoas e calda de água com açúcar. Após o século XVII, no Nordeste, ao se trocar amêndoas por coco ralado e a calda de água com açúcar por calda de leite com açúcar, passou a se chamar de “beijo de coco”. Mais tarde, na segunda metade do século XX, com o “boom”  do leite condensado, o beijo de coco, ganhou um cravo-da-índia e passou a ser chamado de “beijinho”.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O brioche

A palavra 'brioche' deriva da palavra normanda "broyer", que significa trabalhar a massa com um "broye" ou "brie" (uma espécie de rolo de madeira para amassar). O brioche é um pão de origem francesa, que nasceu na Normandia no século XVI, feito com alto teor de manteiga e ovo. O pão ficou conhecido no século XVII e era denominado "Doce dos Apóstolos" por se assemelhar aos adornos usados pelos religiosos na cabeça. Uma de suas possíveis origens aponta que o Brioche derivou do uso do queijo Brie em sua receita inicial, segundo Alexandre Dumas. Mas a massa de brioche remonta à Idade Média, onde foram feitos bolos semelhantes aos brioches atuais. É feita de farinha, fermento, manteiga, leite e ovos. Entre as cidades, uma vez muito famosas pela qualidade de seus brioches, Gisors e Gournay, provavelmente por causa da excelência da manteiga na região.
O Brioche é a mais antiga receita de massa fermentada que leva na sua composição açúcar. É  um pão leve e ligeiramente inchado, mais ou menos bem, de acordo com a proporção de manteiga e de ovos. Ele é considerado uma Viennoiserie, juntamente com os croissants, o pain au lait e o pain aux raisins e são normalmente consumidos ao café da manhã ou  lanche. Os formatos em que se pode apresentar um brioche são muito variados, assim como o sabor que o complementa,  podendo ser usado como base de uma sobremesa com variados recheios e coberturas, ou como salgados, envolvendo fois gras ou salsicha, ou ainda, como brioches individuais com diversos recheios picados.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Os brioches da Maria Antonieta

"Que comam brioches!" - Essa frase foi atribuída à famosa Rainha Maria Antonieta da França (1755-1793) às vésperas da Revolução Francesa. Antonieta a teria dito sarcasticamente quando ficou sabendo que o povo reclamava de falta de pão. "Se não têm pão, que comam brioches!"
Naquela época os pobres comiam pão feito com uma massa escura de grãos e restos de cereais, considerada grosseira. Já o brioche, feito com farinha branca (refinada), leite e ovos, era uma iguaria fina e, obviamente, cara demais para o povo.
Porém muitos afirmam que tais palavras nunca foram pronunciadas pela rainha, e que na verdade foram extraídas do livro "Confissões" do filósofo Jean-Jacques Rousseau, que
ficou muito famoso durante a Revolução. No trecho ele diz:"Finalmente, me lembrei do paliativo de uma grande princesa que disse que os camponeses não tinham pão, e que respondeu: Que comam brioches. Eu comprei os brioches." 
Apesar de o livro ter sido publicado quando Antonieta ainda era menina e alguns acreditarem que a princesa citada no texto seria, na verdade, Maria Teresa da Espanha (1638-1683), os camponeses, tão revoltados com a nobreza, acreditavam piamente que tal comentário indiferente só poderia ter saído da boca da rainha que muitos faziam questão de lembrar que não era francesa (Antonieta era austríaca). Bom, tendo ela dito isso ou não, o fato é que os pãezinhos ficaram mais famosos do que nunca. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Bolo Floresta Negra

Este famoso bolo de chocolate coberto com cerejas tem suas origens fincadas na distante Floresta Negra, uma área verde com 200 km de comprimento localizada no sudoeste da Alemanha. Mais do que inspiração para clássicos infantis como Branca de Neve e Chapeuzinho Vermelho, aquela terra de ar misterioso e pinheiros de tons escuros é responsável pela criação do bolo floresta negra. A história deste bolo alemão de fama internacional é também contada em diferentes versões. A mais conhecida diz que seus ingredientes foram inspirados nos tradicionais trajes das mulheres solteiras locais. O chocolate granulado são como seus vestidos pretos, o creme são as blusas brancas e as exclusivas cerejas produzidas na região são os chapéus com bolas vermelhas conhecidos como bollenhut. Acredita-se que a primeira versão deste bolo tenha sido feita em 1915 pelo confeiteiro Josef Keller, embora sua receita original contasse com apenas uma camada. Sua fama é tão grande que a pequena Todtnauberg abriga, a cada dois anos, um festival dedicado a este doce, onde profissionais e amadores apresentam suas criações com os ingredientes utilizados no floresta negra: creme, biscoitos, cerejas, chocolate e licor.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Muffins x Cupcakes


Tanto os muffins como os cupcakes são bolinhos individuais, mas a grande diferença está na massa. A massa dos cupcakes é a de bolo tradicional, porém bem mais leve e mais doce. Eles também levam cobertura - de chantily, ganache e outros cremes. São aqueles miniblos fofinhos, coloridos, que de tão bonitos dá até pena de comer. Já a massa dos muffins costuma ser mais densa, pesada e leva menos açúcar. Os muffins costumam ter outros ingredientes no meio da massa, como gostas de chocolate e uvas passas e não têm cobertura. São mais fáceis de consumir e menos enjoativos – uma delícia com café. 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014