sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A história do champanhe começa com a conquista da Gália pelos romanos. Eles levaram o vinho para Champagne. Foram os monges beneditinos, no século 13, que tiveram a ideia de utilizar as grutas resultantes da extração de pedras dos subsolos para construir as cidades como cavas para melhor envelhecer o vinho. Nos séculos 16 e 17, o vinho de Champagne era conhecido na corte francesa por sua qualidade, embora ainda não fosse efervescente. Aqui entra em cena Dom Pérignon, mestre de adega da abadia de Hautvillers a partir de 1668. Ele foi o primeiro a empregar a técnica de assemblage, misturando diferentes tipos de vinho. E descobriu que era possível fabricar vinho branco a partir de uvas pretas, se as cascas fossem retiradas rápido o suficiente.
Devido à situação geográfica de Champagne, ao norte da França, o tempo esfria muito rápido no outono. Isso pode interromper a fermentação do mosto, antes que todo o açúcar se transforme em álcool. Na primavera, quando a temperatura sobe novamente, o processo é retomado e o dióxido de carbono resultante torna o vinho espumante.
Esse fato não chamou atenção até o século 18, pois o vinho fermentava em barris e o gás escapava. Mas em 1728, Luís XV permitiu o transporte da bebida em garrafas. Foi então que o alto teor gasoso do champanhe se tornou perceptível, fazendo explodir as garrafas. O próximo passo decisivo nessa evolução coube à Madame Barbe-Nicole Cliquot Ponsardin, uma negociante de visão. Seu mestre adegueiro, o alemão Anton von Müller, criou em 1813 um método para livrar o líquido do levedo. Para tal, desenvolveu os pupitres de remuage, onde as garrafas são mantidas com o gargalo para baixo e deslocadas a intervalos regulares.
Neste final de ano, milhões de pessoas em todo o mundo estarão estourando champagnes (65% das garrafas produzidas em um ano são abertas entre o Natal e o Ano Novo!).. tim, tim... e feliz Ano Novo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Ceia de Natal

Em 1518, com o contato entre os índios e espanhóis no processo colonizador do México, Cortez tomou conhecimento do peru como ave para alimentação exposta no mercado de Tenochtitlán, capital asteca, e acabou levando alguns exemplares para a Europa. O peru também vivia em estado selvagem nos bosques do Canadá. Foi ao longo do século XVI que a Europa descobriu essa ave, um pouco estranha, que foi chamada de "galinha da Índia", pois muita gente ainda confundia a América com as Índias Ocidentais. Os jesuítas a introduziram como prato em seus colégios religiosos. A Inglaterra tomou conhecimento da ave em 1525, sendo que rapidamente constituiu-se no prato principal da ceia de natal entre alguns países europeus, e somente após na América do Norte. Em meados do século XIX o peru, praticamente, substituiu o cisne como ave de natal na Inglaterra, popularizando-se.
A introdução e fixação do peru como prato principal na Europa e nas Américas, incluindo o Brasil no Natal transformou o ritual do jantar de Natal em ceia traduzindo a abundanciada mesa em sucesso frente aos ditames da vida cotidiana ao longo do ano.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Stollen

O Stollen é uma iguaria servida no Natal e não pode faltar na mesa austríaca e de outras culturas de língua alemã. Possui história própria e significado cristão. Ele é uma espécie de pão fermentado que recebe no seu preparo leite, açúcar, manteiga, farinha de trigo, raspas de limão e baunilha. Adicionado à massa ainda vão: casca de laranja cristalizada e de frutas cítricas, passas brancas e escuras, nozes, amêndoas, avelãs, castanhas e marzipan.
Antes de propriamente se originar a receita tradicional do stollen, outras receitas o antecederam, e marcam historicamente o uso da manteiga no preparo de massas. Assim, a primeira notícia que se tem a respeito data de 1329, sob o nome de “Striezel”. Nesta época, a receita era bem mais simples, somente tendo em sua composição: água, farinha de trigo e fermento. O uso da manteiga era proibido pela igreja católica, somente era permitido o uso de óleo de nabo, que tornava a receita com sabor muito ruim, além de ser muito caro.
No século XV, na Saxonia medieval (norte da Alemanha), foi um dos Príncipes do Sacro Império Romano da Nação Alemã, o Princípe Ernst e seu irmão, o Conde Albrecht, que decidiram se dirigir ao papado pedindo a suspensão de tal ordem. O Papo Inocêncio VII enviou uma carta ao Príncipe, conhecido como a "Carta Manteiga", que concedeu o uso da manteiga sem ter que pagar multa, benefício concedido somente para o Príncipe, sua família e pessoas serviçais do lar.  Mais tarde, porém, todo o restante da população foi autorizado a usar manteiga, mas com a condição de ter que pagar anualmente uma "doação" da vigésima parte dos lucros para apoiar a construção da Catedral de Freiberg.


Quando o território de Sachsen (Saxônia) se tornou protestante, essas proibições foram removidas e todos puderam utilizar livremente a manteiga na fabricação de seus biscoitos, tortas e massas. Com isso o “Striezel” da receita inicial, passou de um pão seco e sem sabor, a receber a manteiga e juntamente outros ingredientes que o enriqueceram. Recebeu o nome de Stollen, A receita mais conhecida mundialmente é o de Dresden, na Alemanha, ela é muito antiga, e remete a 1450.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A rabanada

Não se sabe ao certo qual a origem da rabanada. O mais provável é que seja de origem francesa – daí que os ingleses lhe chamem: French toast. As french toasts variam de região para região e cada família tem a sua receita. Ingredientes como sumo de laranja ou raspas da casca da fruta, alguns licores e especiarias como canela e noz-moscada são misturados aos ovos batidos com leite ou creme de leite, açúcar e essência de baunilha.
Restaurantes e cafés preferem o pão branco cortado em fatias grossas. Em casa, predomina o de forma. As french toasts podem ser doces ou salgadas, nesse caso temperadas com pimenta-da-jamaica, e também com queijo derretido em cima. Em New York, a comunidade judaica faz uma deliciosa rabanada com chalá, o pão festivo, em forma de trança, servido no shabat e feriados religiosos. Há quem diga - americanos, em geral - que seria uma receita espanhola da Idade Média. Outros dizem que fritar pão não tem exatamente uma origem única, porque seria uma forma generalizada de melhorar o sabor do pão. Nesse caso, a primeira referência, segundo o famoso dicionário de inglês Oxford, dataria de 1660.
Apesar de usarem vários tipos de pães, brioches ou panetones como matéria-prima, o único ingrediente que se repete na imensa maioria das receitas é: pão do dia seguinte. As receitas referem-se ao pão que não se pode comer porque está duro ou seja um pão perdido. Os franceses chamam-lhes de pain perdu (pão perdido), em referência ao reaproveitamento que proporciona. A mais antiga referência à rabanada está no clássico De Re Coquinaria (Livro VII, XIII-3), o mais importante receituário do Império Romano, escrito pelo gastrônomo latino Marco Gavio Apicio, que viveu no primeiro século da nossa era: "Corte um sigilineo (pão de aveia) em fatias grossas. Coloque-as de molho no leite e frite em óleo. Espalhe mel em cima e sirva".
Foram os portugueses , mais propriamente do Minho e Douro Litoral que trouxeram a receita para o Brasil. Vários países fazem as rabanadas: Indonésia (roti telur); Marrocos (khobz belbid); Índia (meetha andewala toast) e Inglaterra (eggy bread, egg dip ou gypsy toast). Assim, convém atribuir a autoria do doce a muitos povos, não a um só. Em Portugal, também recebe o nome de fatias dourada  fatias de parida, ou o nome inteiro: pão de mulher parida. Misturam-se pão (trigo), ovos, leite, açúcar e fritam-se. Dizem que era bom para mulheres que estavam a  amamentar porque daria leite e muita energia. 


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Baunilha

A palavra "baunilha" vem do castelhano vainilla, que significa "pequena vagem". É uma especiaria usada como aromatizante obtida de orquídeas do género Vanilla, nativas do México. Originalmente cultivada pelos povos mesoamericanos pré-colombianos, parece ter sido levada para a Europa juntamente com o chocolate na década de 1520, pelo conquistador espanhol Hernán Cortez.
A baunilha é a segunda especiaria mais cara, a seguir ao açafrão,devido à mão-de-obra necessária na produção das vagens. Esses frutos verdes não têm cheiro nem gosto - é preciso, primeiro, deixá-los secar numa estufa ou ao sol. Durante a secagem, ocorre um processo de fermentação natural: a ação de enzimas faz com que os frutos fiquem pretos e com seu perfume concentrado. Para retirar o extrato de baunilha, esmaga-se a vagem seca, que depois é submergida em álcool. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Strudel

O strudel é um tipo de doce em camadas e enrolado com recheio em seu interior. Se tornou conhecido e ganhou popularidade no século 18 durante o Império Habsburgo. O doce foi denominado da palavra em alemão “Strudel”, que no Médio Alto da Alemanha, significa literalmente redemoinho.   
A origem dessa forma de se trabalhar a massa e as inúmeras maneiras de preparo, nos é desconhecida nos dias de hoje. A receita mais antiga que se tem conhecimento, remonta de 1696, e está preservada na Biblioteca Municipal de Viena, a “Wiener Stadtbibliothek”.
O strudel é mais frequentemente associado à cozinha austríaca, mas historicamente já era conhecido dentro da culinária árabe e turca. Lá essa especialidade era e até hoje é, feita com massa “filo” e recheado com nozes, pistache, amêndoas, mel, queijos, iogurtes, carnes, etc.
Os austríacos podem ter se inspirado no modo como os turcos esticavam a massa, mas eles, juntamente com os húngaros e os bávaros, tiveram participação no seu aprimoramento. Em todo o caso, foram os vienenses, especialistas neste setor, que tornaram essa iguaria conhecida no mundo todo.  Os tipos mais conhecidos são o de maçã (Apfelstrudel) e o de queijo ricota, com passas e açúcar (Topfenstrudel); o de cereja azeda (Weichselstrudel),de cereja doce (Kirschenstrudel) e de semente de papoula (Mohnstrudel).


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Queijos

Segundo a lenda, o queijo teria sido descoberto por um dos filhos de Apolo, Aristeu, Rei de Arcádia. Com efeito, admite-se que tenha sido inventado antes da manteiga. Os Assírios, os Caldeus e os Egípcios e, posteriormente, os Gregos e os Romanos apreciavam o queijo, do qual fabricavam inúmeras variedades e cujas virtudes conheciam, pois utilizavam-no na alimentação dos soldados e atletas. Em Roma nasceu o comércio do queijo que era importado de  Nimes, Saboya e regiões atualmente da Suíça: o "caseus alpino".
Não passava despercebida a influência da temperatura. Nas caves, devido ao fogo e ao calor, o leite coalhava rapidamente: quando o leite coalhava e solidificava, escorria um líquido e a coalhada ficava mais consistente. Mais tarde acelerou-se este processo, colocando o leite coalhado numa cesta de vime ou outro recipiente provido de furos, para deixar correr o "soro". 
Foram numeradas cerca de 400 espécies de queijo em todo o Mundo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Fim de ano chegando...

Esse ano vai ter panetone saindo da nossa cozinha!!! Bombomtone de Sonho de Valsa, chocotone básico e também trufado, panetone de frutas cristalizadas e de nozes com damasco, e ainda panetone salgado de calabresa com provolone.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Brownie

O Brownie é um doce tipicamente americano feito de chocolate. Sua textura é densa, rica e está entre um bolo e um biscoito: a casca é crocante, firme por fora e macio e úmido por dentro. Pode ter castanhas, amêndoas, nozes ou pedaços de chocolate no seu interior. A sua origem é controversa: alguns afirmam que um chef desconhecido adicionou por engano chocolate derretido numa travessa de biscoitos. Outros, que um cozinheiro estava fazendo um bolo e não tinha farinha de trigo o suficiente. A teoria mais aceita é que uma dona de casa de Bangor, Maine, estava fazendo um bolo de chocolate e esqueceu de colocar fermento na mistura. Quando viu que seu bolo não cresceu de forma correta, retirou a travessa do forno e cortou em quadradinhos, serviu e chamou-os brownies. A primeira vez que o brownie veio a público foi em 1893 durante a feira mundial Columbian Exposition, em Chicago, celebrando os 400 anos de descobrimento do Novo Mundo por Cristóvão Colombo. Um chef do hotel Palmer House, de Chicago, serviu os bolinhos, após a socialite Bertha Palmer solicitar a ele uma “sobremesa para moças” que fosse fácil de comer como um pedaço de torta só que em pedaços menores que uma fatia de bolo e que fossem colocados em caixinhas para acompanhar o almoço do prédio das mulheres na tal feira. Esses primeiros brownies foram servidos com uma calda açucarada de damasco e nozes e até hoje os brownies são feitos no hotel seguindo a receita original. As primeiras receitas de brownie como os servidos hoje em dia apareceram nos livros Home Cookery, de 1904; Service Club Cookbook, também de 1904; no jornal The Boston Globe, em 2 de abril de 1905 e na edição de 1906 do The Boston Cooking School Cookbook, de Fanny Merritt Farmer.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Vanillebrezel

                                        Farinha de trigo, manteiga, açúcar, ovos, baunilha.


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Pão de queijo


Não se sabe exatamente quando surgiu o pão de queijo. O que se diz é que ele surgiu no século 19, mas só ganhou popularidade em Minas Gerais, em 1860. Nas fazendas mineiras e goianas, as cozinheiras preparavam o quitute para servir seus senhores, época em que houve mais oferta de leite, ovos e queijos em função da expansão da pecuária. A origem do pão de queijo se confunde com a própria origem da culinária mineira, acompanhando a evolução de seus ingredientes. Alguns estudiosos defendem que a goma foi o primeiro item a surgir, originado da mandioca sob a forma do polvilho doce ou azedo. Depois veio a gordura de porco, o sal, o ovo, o leite, a nata, a manteiga e por último o queijo que, aos poucos, se incorporou ao biscoito de goma moldado sob a forma de pequenas bolinhas e, finalmente, assado. Um produto muito parecido com o pão de queijo é produzido na Colômbia: tem um formato mais achatado, possui textura esponjosa e também endurece em pouco tempo. É o pan de bono ou pandebono.  Existe ainda outra variação do pãozinho de Minas, mas é só pelo formato que é em “U”. Ele é chamado de chipá no Estado do Mato Grosso e muito comum na província de Missiones, na Argentina, e também no Paraguai. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Pão multigrãos


Farinha de trigo, farinha de centeio, farinha de aveia, água, sal, linhaça, gérmen de trigo, semente de girassol, gergelim, aveia em flocos.


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A bomba

O nome original é éclair que, em francês, significa relâmpago. O doce surgiu no século XVIII em Lyon, na França. Ali havia um doce muito conhecido e já muito consumido chamado Les Ducheses feito de uma massa pré-cozida chamada pâte a choux modelada com o saco de confeiteiro no formato de um dedo, assada e enrolada em praliné de amêndoas (amêndoas crocantes cozidas em caramelo). Não se sabe ao certo quem o inventou. Mas quem o renovou foi Antoine Carème, o pai da confeitaria (já falamos sobre ele aqui n'O Brioche da Antonieta). Foi ele que trouxe a perfeicão do éclair recheado de créme patissière ou créme chiboust e coberto com fondant de açúcar. O doce, porém, apesar da inovação continuava com o nome original: Les Ducheses. Somente 20 anos depois da morte de Carème é que surge o nome éclair numa propaganda do doce nas patisseries francesas da época. O que se dizia, segundo os anúncios, é que as pessoas viessem provar as deliciosas Ducheses que de tão boas se comia num relâmpago!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Cortadores de biscoitos

O biscoito como conhecemos hoje, feito com manteiga, açúcar, cremes e aromatizantes, só apareceu no século XVIII e somente em 1875 o primeiro cortador de biscoitos metálico foi criado e patenteado por Alexander Ashbourne. Essa criação revolucionou a indústria de biscoitos que pode passar a fabrica-los e distribui-los em larga escala.


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O cheesecake

Relatos históricos dizem que a cheesecake foi servido na Grécia antiga durante os Jogos Olímpicos na Ilha de Delos em 776 a.C. Com a conquista da Grécia pelos romanos, o segredo desta iguaria mudou de mãos. Diz-se que os romanos ofereciam cheesecake aos seus Deuses para acalmá-los. Eles também assavam tortas de queijo e os franceses faziam receitas de requeijão e açúcar. E assim foi se espalhando. O ingrediente essencial do cheesecake é, obviamente, o queijo. Porém, vários são os tipos encontrados em receitas através dos tempos, como o queijo cremoso, o queijo Francês Neufchâtel, o cottage e a ricota. O mais famoso e mais utilizado nos dias de hoje é o primeiro deles. Em 1872, um leiteiro americano tentando recriar o queijo Neufchâtel, acabou chegando ao cream cheese. A popularização mundial do cheesecake veio na década de 70 a partir dos Estados Unidos, principalmente de Nova York, onde até hoje é uma das sobremesas favoritas de lá.


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Pão francês

A receita desse pão, branquinho e fofo, que cabe na palma da mão, surgiu no Brasil no começo do século XX e antes de 1914, data de início da Primeira Guerra MundialAté então, o brasileiro consumia em grandes quantidades a farinha de mandioca e o biju, apesar de já conhecer o pão de trigo desde a chegada dos colonizadores portugueses. No início do século XX, a atividade de panificação se expandiu, motivada pela vinda dos italianos para o Brasil, e o pão tornou-se essencial na mesa do brasileiro. Mas era completamente diferente do atual pão francês; era escuro, na casca e no miolo.
Nessa época, Paris transformou-se na grande estrela da Belle Époque e a capital da culinária. Um pãozinho que lá se fabricava, curto, cilíndrico, com miolo branco e casca dourada, crocante, tornou-se um mito! No Rio de Janeiro, então capital brasileira, cresceu o número de cafés e confeitarias que reproduziam o costume francês de servir com estilo e elegância. E as padarias, que ainda produziam um pão de casca e miolo escuros, começaram a ser solicitadas a reproduzir o pãozinho de casca dourada e miolo branco dos franceses. Então, os padeiros, pela descrição dos viajantes, criaram uma receita que passaram a chamar de “pão francês”.
Na verdade, a receita que os padeiros criaram atendeu, sim, às exigências de casca dourada e miolo branco, mas superou as características do pãozinho original, por ser mais macio e saboroso, com o acréscimo de um pouco de açúcar e gordura na massa.
Hoje em dia, dizem que o nosso pão francês é um dos melhores do mundo e que alguns estrangeiros nos procuram para copiar a receita do nosso pão “tipo francês”, que eles chamam de “pão brasileiro”.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

O chocolate

O chocolate foi uma das riquezas exploradas pelos espanhóis no Novo Mundo. Antes da colonização, os maias cultivavam cacau e extraíam um líquido amargo de suas sementes. Temperavam a bebida chamada de xocoaltl com baunilha e pimenta e a tomavam para combater o cansaço. Com a chegada de Colombo, os espanhóis começaram a plantar cacau nas terras americanas e exportar chocolate para a Europa a preços altíssimos - ele só era consumido pela alta sociedade. Somente com a Revolução Industrial o chocolate foi popularizado. Foram criadas máquinas de espremer manteiga de cacau que conseguiram tornar o chocolate mais consistente e durável. Em pó, tablete, ao leite, branco, amargo, com amendoim, avelã, com ou sem recheio. Hoje o chocolate pode ser encontrado em diversas formas. A ciência comprovou que, além de rico em nutrientes, o chocolate dá prazer. Sua natureza doce e gordurosa estimula a produção de serotonina, substância que melhora o humor.


quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Pão de batata salsa

                           Farinha de trigo,água, batata salsa, ovos, açúcar, sal, manteiga.


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O bolo

No Egito Antigo,o bolo correspondia a pães adoçados com xaropes de frutas, tâmaras e passas. Mais tarde, a iguaria foi aperfeiçoada pelos romanos, que dominavam a técnica da fermentação. Eles a batizaram de bolo por causa do formato redondo, vindo de bola.Também foram os romanos que introduziram bolos em eventos comemorativos. Alguns historiadores apontam que, em casamentos, as famílias ricas preparavam massas com ingredientes especiais e as ofereciam aos deuses. Os bolos não eram comidos, mas amassados e arremessados na direção da noiva, como fazemos hoje com os punhados de arroz.A tradição de bolos decorados teria começado nos casamentos da realeza européia do século XVI. O primeiro bolo de andares foi a sensação da cerimônia que uniu a italiana Catarina de Médici e o rei da França Henrique II.Os bolos demoraram a sair dos banquetes da nobreza por conta do alto preço e difícil acesso aos ingredientes básicos, além do trabalho para prepará-lo. 

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Cookie poderoso

                  Farinha de trigo, açúcar, manteiga, baunilha, ovos, gotas de chocolate.


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O garfo

Até o século XI, quase todo mundo comia com as mãos. Os mais educados eram aqueles que usavam apenas três dedos para levar o alimento à boca. Naquele século, Domenico Salvo, membro da corte de Veneza, casou-se com a princesa Teodora, de Bizâncio. Ela trouxe no enxoval um objeto pontudo, com dois dentes, que usava para espetar os alimentos. Esse primeiro garfo foi considerado uma heresia: o alimento, fornecido por Deus era sagrado e tinha de ser comido com as mãos. Mas, pouco a pouco, membros da nobreza e do clero foram adotando o talher. O hábito demorou para pegar entre a população: com mais dentes, o espeto só se tornou popular mesmo no século XIX. 


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Carême

De família muito pobre, jovem Marie-Antoine Carême foi abandonado pelos pais aos 9 anos. Conseguiu um lugar de aprendiz de confeiteiro e venceu pela dedicação ao trabalho. Primeiro, lapidou seu talento em açúcar, marzipã e massa de confeiteiro para, só depois, avançar sobre os outros pratos de um banquete. Seu primeiro trabalho como prestador de serviços à corte foi o cerimonioso casamento de Jerônimo Bonaparte, irmão de Napoleão, com a princesa Catarina de Wurtembergue. . Exigente e cheio de ideias, ele queria ser chamado de chef e não parava de inventar pratos. Seus banquetes mais comentados foram servidos no Château de Valençay, a luxuosa propriedade próxima a Paris pertencente a Charles Maurice de Talleyrand, ex-bispo, príncipe e eterno confabulador. Os banquetes eram temperados pelas invenções do jovem Antonin, como o chef é conhecido pelos íntimos: molhos aveludados, cascatas de camarões, um tal de vol-au-vent (massa oca para ser incrementada com recheios salgados ou doces) e, principalmente, esculturas de açúcar em formatos fantasiosos, que iam desde templos gregos até harpas. Chamadas de pièces montées,ou peças montadas, elas enchiam os olhos dos convivas de Talleyrand. "O melhor auxiliar de um diplomata é seu cozinheiro", costumava dizer o príncipe. Coerentemente, quem reinava nas amplas cozinhas do castelo medieval, recém-reformado e redecorado, era Carême.


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Pão de ervas

        Farinha de trigo, açúcar, sal, leite, ovos, manteiga, orégano, salsinha, cebolinha, manjericão.