sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Pão francês

A receita desse pão, branquinho e fofo, que cabe na palma da mão, surgiu no Brasil no começo do século XX e antes de 1914, data de início da Primeira Guerra MundialAté então, o brasileiro consumia em grandes quantidades a farinha de mandioca e o biju, apesar de já conhecer o pão de trigo desde a chegada dos colonizadores portugueses. No início do século XX, a atividade de panificação se expandiu, motivada pela vinda dos italianos para o Brasil, e o pão tornou-se essencial na mesa do brasileiro. Mas era completamente diferente do atual pão francês; era escuro, na casca e no miolo.
Nessa época, Paris transformou-se na grande estrela da Belle Époque e a capital da culinária. Um pãozinho que lá se fabricava, curto, cilíndrico, com miolo branco e casca dourada, crocante, tornou-se um mito! No Rio de Janeiro, então capital brasileira, cresceu o número de cafés e confeitarias que reproduziam o costume francês de servir com estilo e elegância. E as padarias, que ainda produziam um pão de casca e miolo escuros, começaram a ser solicitadas a reproduzir o pãozinho de casca dourada e miolo branco dos franceses. Então, os padeiros, pela descrição dos viajantes, criaram uma receita que passaram a chamar de “pão francês”.
Na verdade, a receita que os padeiros criaram atendeu, sim, às exigências de casca dourada e miolo branco, mas superou as características do pãozinho original, por ser mais macio e saboroso, com o acréscimo de um pouco de açúcar e gordura na massa.
Hoje em dia, dizem que o nosso pão francês é um dos melhores do mundo e que alguns estrangeiros nos procuram para copiar a receita do nosso pão “tipo francês”, que eles chamam de “pão brasileiro”.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O bolo

No Egito Antigo,o bolo correspondia a pães adoçados com xaropes de frutas, tâmaras e passas. Mais tarde, a iguaria foi aperfeiçoada pelos romanos, que dominavam a técnica da fermentação. Eles a batizaram de bolo por causa do formato redondo, vindo de bola.Também foram os romanos que introduziram bolos em eventos comemorativos. Alguns historiadores apontam que, em casamentos, as famílias ricas preparavam massas com ingredientes especiais e as ofereciam aos deuses. Os bolos não eram comidos, mas amassados e arremessados na direção da noiva, como fazemos hoje com os punhados de arroz.A tradição de bolos decorados teria começado nos casamentos da realeza européia do século XVI. O primeiro bolo de andares foi a sensação da cerimônia que uniu a italiana Catarina de Médici e o rei da França Henrique II.Os bolos demoraram a sair dos banquetes da nobreza por conta do alto preço e difícil acesso aos ingredientes básicos, além do trabalho para prepará-los. 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Pão de batata salsa

                                 Farinha de trigo,água, batata salsa, ovos, açúcar, sal, manteiga.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O garfo

Até o século XI, quase todo mundo comia com as mãos. Os mais educados eram aqueles que usavam apenas três dedos para levar o alimento à boca. Naquele século, Domenico Salvo, membro da corte de Veneza, casou-se com a princesa Teodora, de Bizâncio. Ela trouxe no enxoval um objeto pontudo, com dois dentes, que usava para espetar os alimentos. Esse primeiro garfo foi considerado uma heresia: o alimento, fornecido por Deus era sagrado e tinha de ser comido com as mãos. Mas, pouco a pouco, membros da nobreza e do clero foram adotando o talher. O hábito demorou para pegar entre a população: com mais dentes, o espeto só se tornou popular mesmo no século XIX. 

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Cookie poderoso

                         Farinha de trigo, açúcar, manteiga, baunilha, ovos, gotas de chocolate.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Carême

De família muito pobre, jovem Marie-Antoine Carême foi abandonado pelos pais aos 9 anos. Conseguiu um lugar de aprendiz de confeiteiro e venceu pela dedicação ao trabalho. Primeiro, lapidou seu talento em açúcar, marzipã e massa de confeiteiro para, só depois, avançar sobre os outros pratos de um banquete. Seu primeiro trabalho como prestador de serviços à corte foi o cerimonioso casamento de Jerônimo Bonaparte, irmão de Napoleão, com a princesa Catarina de Wurtembergue. . Exigente e cheio de ideias, ele queria ser chamado de chef e não parava de inventar pratos. Seus banquetes mais comentados foram servidos no Château de Valençay, a luxuosa propriedade próxima a Paris pertencente a Charles Maurice de Talleyrand, ex-bispo, príncipe e eterno confabulador. Os banquetes eram temperados pelas invenções do jovem Antonin, como o chef é conhecido pelos íntimos: molhos aveludados, cascatas de camarões, um tal de vol-au-vent (massa oca para ser incrementada com recheios salgados ou doces) e, principalmente, esculturas de açúcar em formatos fantasiosos, que iam desde templos gregos até harpas. Chamadas de pièces montées,ou peças montadas, elas enchiam os olhos dos convivas de Talleyrand. "O melhor auxiliar de um diplomata é seu cozinheiro", costumava dizer o príncipe. Coerentemente, quem reinava nas amplas cozinhas do castelo medieval, recém-reformado e redecorado, era Carême.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Chá Twinings

Em 1706, Thomas Twining passou a comprar chás de comerciantes da Companhia das Índias Orientais e abriu sua primeira loja. A casa era frequentada pela aristocracia e entre sua ilustre clientela estava a realeza britânica. Com a morte de Thomas Twining em 1741, seu filho Daniel passou a tomar conta dos negócios e a exportar chá para a América, a partir de 1749. Richard Twining, filho de Daniel, assumiu a empresa em 1771 e se tornou presidente da London Tea Dealers, que conseguiu reduzir as altas taxas que pesavam sobre o chá e tornou a bebida mais acessível - popularizando a casa Twinings que, em 1837, recebeu seu primeiro selo real.